sábado, 29 de março de 2008

Já comprou o seu matinho?

Ano de vestibular [de novo], e para ficar mais antenada nas coisas lá vou eu ler um livro denominado "O Massacre da Natureza". Não o li por inteiro, pois o prazo de empréstimo venceu e não tive como renovar; mas uma coisa escrita lá me fez ver algo bastante óbvio que poucas pessoas vêem.
Precisamos seqüestrar coisas que gostamos para admirá-las. Não entendeu? Vou explicar melhor: Imaginemos um rapaz, na altivez de seus 20 anos, apaixonado, compra um buquê de flores para presente ar a namorada. Por que foi preciso arrancar e comprar por elas se em muitos lugares são disponíveis à custo zero, sem a necessidade de degradá-la; e que depois de um certo tempo irão murchar grotescamente? Mas aí você pode dizer: Não estão sendo degradadas já que alguém as plantou para esse fim. E eu complemento: a minha crítica é válida para isso também, já que a degradação já acontece há muito tempo, e que deveríamos apenas plantar para repor aquilo que já foi tirado.

Porém estou falando desse assunto até agora de uma forma muito superficial, já que o buraco é mais embaixo! Primeiro, hipoteticamente se todas as pessoas do mundo resolvessem tomar da natureza algo que lhes agrada, para apenas admirá-lo. A população mundial de nada tem de irrelevante, e afirmativamente causaria um destruição total. Sem mais florestas que são indispensáveis para a purificação do ar, sem mais animais que mantêm o equilibrio de ecossistemas enormes e sem água potável para beber. Sim, a água também é retirada, só que a devolvemos inconcientemente! ao contrário dos outros recursos. Devolvemo-las suja e não-reutilizável.

E por isso vem a parte mais importante: plantar árvores, flores, e admirá-los sem a necessidade de destruí-los. Usufruir corretamente a água [ver como no post anterior] sem polui-la, e a mesma coisa se aplica ao ar. Tudo nos é emprestado de graça, então porque devolveremos destruido? Deixemos então, um pouco de lado, o ter e pratiquemos mais o sentir!

Câmbio, desligo!

Dicas da vez:
- Livro: O Massacre da Natureza - Júlio José Chiavenato.
- Filme: Uma verdade Inconveniente - Al Gore.

Só de Sacanagem - Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!Dirão:
“ - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba.”E eu vou dizer:
”- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau." Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.E eu direi:
” - Não admito! Minha esperança é imortal!” E eu repito, ouviram?IMORTAL!!!Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.